CONTEÚDO e Variação Sazonal De
carboidratos Ocorrentes na Flora Da
mata Atlântica do Espírito Santo

Nome: JOSCINEIA KELLI CLIPPEL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/02/2006
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador
LILIAN BEATRIZ PENTEADO ZAINDAN Examinador Externo
Luciana Dias Thomaz Examinador Interno

Resumo: RESUMO
Além de atuarem como substrato energético e compostos estruturais, os
carboidratos podem agir na proteção contra estresses ambientais em períodos
desfavoráveis ao crescimento. São empregados nas indústrias alimentícia,
farmacêutica, cosmética e têxtil. Embora os carboidratos tenham ampla importância
econômica e ecológica, pouco se sabe sobre a produção desses compostos em
plantas nativas e/ou ocorrentes na Mata Atlântica, em especial àquelas do Espírito
Santo. Dessa forma foi realizado o presente trabalho com o objetivo de analisar a
composição dos carboidratos não estruturais em órgãos subterrâneos das
herbáceas Dioscorea sp. 1 (Dioscoriaceae), Dioscorea sp. 2 (Dioscoriaceae),
Hedychium coronarium J. Koening (Zingiberaceae), Hippeastrum reticulatum Herb.
(Amaryllidaceae), Prescottia nivalis Barb. Rodr. (Orquidaceae), Scadoxus multiflorus
Martyn (Amaryllidaceae) e Sinningia aghensis Chautems (Gesneriaceae). Também,
foi quantificado o conteúdo dos polissacarídeos de reserva de parede celular em
sementes da herbácea Canavalia rosea L. e das arbóreas Cassia fistula L., Cassia
grandis L., Erythrina variegata L., Hymenaea coubaril L. e Ormosia arborea (Vell.)
Harms, todas da Família Leguminosae. Foi investigado, ainda, o efeito da
sazonalidade no balanço dos carboidratos solúveis em tubérculos de S. aghensis.
Plantas tuberosas de Dioscoriaceae são ricas em amido que chega a representar
50% de sua massa seca (MS). As espécies que apresentaram a maior quantidade
de frutose foram as bulbosas H.reticulatum (25% da MS) e S. multiflorus (8,5% da
MS) e a rizomatosa P. nivalis (6,7% da MS). Os maiores teores de açúcares totais
solúveis, especialmente a sacarose (63% da MS) também foram observados em P.
nivalis. As tuberosas Dioscorea sp. 2 e S. aghensis e a rizomatosa Hedychium
coronarium apresentaram os valores mais baixos de açúcar total e amido. A grande
quantidade de frutose em H. reticulatum sugere a presença de frutanos. Quanto aos
polissacarídeos de reserva de parede celular, valores maiores foram encontrados
em sementes de Hymenaea coubaril (70% da MS), seguida de Cassia grandis (50%
da MS) e Canavalia rosea (40% da MS). E. variegata e O. arborea apresentaram os
mais baixos valores desses compostos, representando 10 e 3% de sua MS,
respectivamente. A composição de carboidratos em tubérculos de S. aghensis
mostrou variação sazonal e/ou fenológica com o amido flutuando de 5,5% da MS no
outono para 77,7% da MS no inverno, período em que foi registrada menor
precipitação (3,6 mm). Resultados inversos foram obtidos para os açúcares totais
solúveis, sacarose e frutose, cujos maiores conteúdos no verão decresceram, em
média, 50% no inverno. A elevada concentração de amido no inverno sugere que
esse polissacarídeo esteja associado a mecanismos de tolerância ao défice hídrico.
Palavras-chave: Carboidratos não estruturais polissacarídeos de reserva de
parede celular variação sazonal défice hídrico Mata Atlântica.

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