Influências espaciais e temporais na dinâmica do fitoplâncton em trecho do Baixo rio Doce pós rompimento de barragem

Nome: Amanda Martins Batista
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/11/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Valéria de Oliveira Fernandes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Krysna Stephanny de Morais Ferreira Suplente Externo
Lucineide Maria Santana Examinador Externo
Stéfano Zorzal de Almeida Examinador Interno
Valéria de Oliveira Fernandes Orientador

Resumo: Com a importância dos sistemas fluviais atribuída aos múltiplos usos da água, promoção da qualidade de vida e manutenção dos ecossistemas continentais a ele interligados, estudos limnológicos integrados a biota dulcícola são prioritários para o conhecimento dos organismos fitoplanctônicos sensíveis a variações no ambiente. Sendo assim, o fitoplâncton fluvial varia fortemente entre diferentes corpos d’água e períodos de tempo, considerando alguns fatores como regime hidrológico, propriedades abióticas, disponibilidade de recursos e intervenções antrópicas. Diante disso, a abordagem do presente estudo é tratada nos vieses taxonômicos e funcionais do fitoplâncton, objetivando analisar a influência dos padrões espaciais e temporais na dinâmica da comunidade e dos grupos funcionais, bem como das variáveis ambientais, investigando quais destes fatores são os principais controladores dos organismos fitoplanctônicos em trecho no Baixo rio Doce. O estudo integrou os períodos seco e chuvoso em quatro estações amostrais, com dados coletados nos anos de 2018 a 2022, posteriores ao rompimento da barragem em Mariana (MG) com a passagem de elevado volume de rejeitos de mineração até o mar. Foram avaliados os atributos estruturais e biovolume da comunidade fitoplanctônica, grupos funcionais e variáveis ambientais. Houve considerável variação temporal entre os fatores abióticos, no entanto poucos variaram espacialmente. Não ocorreu separação espacial entre os grupos funcionais, tampouco para os atributos estruturais da comunidade fitoplanctônica. Em escalas temporais, a maior diversidade e dominância esteve atribuída as estações seca e chuvosa, respectivamente. Os grupos funcionais foram, em sua maioria típicos de águas meso-eutróficas (A, B, C, D, F, J, K, Lᴑ, MP, Nᴀ, P, S1, SN, Tʙ, Tᴄ, Tᴅ, W1, W2, X1 e X2), sendo A, J e Tʙ comuns a estação seca, enquanto K e Lo característicos de estação chuvosa sob elevado teor de metais, principalmente ferro total. As variáveis mais importantes para a dinâmica dos grupos funcionais foram nitrogênio inorgânico dissolvido, material particulado em suspensão, ferro total e temperatura. As classes mais representativas foram Bacillariophyceae, Chlorophyceae e Cyanophyceae. As espécies Trachelomonas volvocina e Raphidiopsis raciborskii foram mais associadas a temperatura, turbidez, fósforo total e fosfato, enquanto Monoraphidium contortum a clorofila a. O estudo contribui para o conhecimento da dinâmica do fitoplâncton e das variáveis abióticas deste ecossistema fluvial, revelando que a variabilidade das condições ambientais exerceu papel importante na estruturação da comunidade e grupos funcionais do fitoplâncton.
Palavras-chave: Abordagem funcional • algas • lótico • nutrientes

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