Restinga no Espírito Santo: Vegetação, Flora e Distribuição Geográfica das espécies

Nome: Oberdan José Pereira
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 26/08/2022
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Luis Fernando Tavares de Menezes Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Ariane Luna Peixoto Examinador Externo
Diolina Moura Silva Suplente Interno
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Examinador Interno
João Ubiratan Moreira dos Santos Suplente Externo
Luciana Dias de Lima Suplente Externo
Luis Fernando Tavares de Menezes Orientador
Maria de Nazaré de Souza Ribeiro Examinador Externo
Valéria de Oliveira Fernandes Examinador Interno

Resumo: A Restinga, um ecossistema associado da Mata Atlântica, apresenta características edáficas diferenciadas pela sua origem flúvio-marinha no Quaternário, ocorrida há 120.000 anos, e mais recente nos 8.000 anos A.P. Partindo do princípio que a flora atual foi alterada em sua composição nos últimos 20 anos, e a partir disso que as fitofisionomias puderam ser incrementadas com novas características e que a distribuição geográfica de espécies pode ser ampliada. Assim, foram realizadas atividades para responder aos questionamentos desta pesquisa, que consistiram em trabalho de campo, levantamento bibliográfico, busca em sítios especializados para seleção das espécies, contendo no mínimo a fisionomia onde foi coletada, coletor e
taxonomista responsável pela determinação; hábito, nome, grafia atualizada, além da distribuição geográfica, considerando os municípios e estados brasileiros e países dos diferentes continentes. Foi necessário realizar consulta a especialistas para confirmação de espécies ou de sua distribuição, quando existiam contradições nos diferentes meios de informações. Foram relacionadas espécies na Restinga em suas formações vegetais por município, como sua distribuição geográfica, além das fronteiras do Espírito Santo. Para a distribuição geográfica das espécies foram estabelecidos novos padrões, sendo
alguns ajustados aos já existentes, que também serviram para comparações. A flora da Restinga é constituída por espécies oriundas, principalmente, do Bioma Mata Atlântica, sendo a vegetação do Espírito Santo a principal fonte para as 1.150 espécies que constituem a base de dados. Outras fisionomias estão envolvidas na composição da flora, havendo representantes provenientes do Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampas, além da Amazônia. Deste conjunto ocorrem espécies com algum tipo de ameaça, na lista regional o número é de 136 e, na nacional, 36 destas foram contempladas, com grande parte em Unidades de Conservação deste estado. Na organização da vegetação na
planície arenosa, esta se faz de maneira diferenciada, constituindo fitofisionomias herbáceas, arbustivas e arbóreas que, por sua vez, estão sob influência do grau de saturação do sedimento arenoso, sendo não inundáveis, inundáveis e inundados, tendo ainda as arbustivas uma organização com vegetação contínua ou, ainda, está organizada em moitas, com espaços entre estas contendo espécies em quase sua totalidade herbácea, crescendo isoladas, raramente agrupadas, com grandes espaços desnudos entre estas. Destas espécies, 34 foram relacionadas como endêmicas ao Estado do Espírito Santo, mas aquelas com ocorrência em estados vizinhos do Sudeste foram incluídas em Costa Atlântica Restrita ES-BA, com 60 espécies, Costa Atlântica
X Restrita ES-RJ (35) e Costa Atlântica Restrita ES-MG (6). Foram, ainda, estabelecidos os padrões Costa Atlântica Ampla Sudeste-Nordeste, Costa Atlântica Ampla Sudeste- Sul e Costa Atlântica Ampla Norte-Nordeste-Sudeste-Sul e, nos casos pertinentes, as endêmicas e não endêmicas. Avançando para o interior, os padrões Costa Atlântica Centro-Oeste e Costa Atlântica Norte, ambos com as categorias de endêmicas e não endêmicas. Para várias regiões do Brasil, e que não se enquadram nas demais, os padrões Costa Atlântica Ampla Endêmica ou Costa Atlântica não Endêmica, apresentam 34 e 402 espécies, respectivamente. A flora da Restinga do Espírito Santo foi ampliada,
sendo que estas se encontram em sua maioria em Unidades de Conservação, mas sendo necessário que outras áreas remanescentes sejam protegidas por conter espécies que se encontram ameaçadas.

Palavras-chave: • Plantas na Restinga • Período Quaternário • Fitogeografia •
Comunidades Vegetais • Espírito Santo/BR

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