Avaliação do Risco Ambiental de Resíduos Gerados pela Suinocultura em Modelos vegetais e ao Ambiente, Por Meio de Análises Toxicogenéticas, Biomarcadores Bioquímicos, Crescimento E trocas Gasosas.

Nome: FRANCIELEN BARROSO ARAGÃO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 01/12/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Silvia Tamie Matsumoto Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Antelmo Ralph Falqueto Suplente Interno
Diolina Moura Silva Examinador Interno
Elias Terra Werner Examinador Interno
IAN DRUMOND DUARTE Examinador Externo
Larissa Fonseca Andrade Vieira Examinador Externo
LÍVIA DORSCH ROCHA Suplente Externo
Silvia Tamie Matsumoto Orientador

Resumo: O manejo inadequado dos resíduos da produção de suínos pode ocasionar a
contaminação de cursos d’agua, solo e ar, representando risco ao meio
ambiente. O objetivo do trabalho foi avaliar o risco ambiental do resíduo bruto
e do efluente da lagoa de estabilização de biodigestor da suinocultura, avaliar a
reutilização do efluente da lagoa de estabilização como biofertilizante e a
qualidade das amostras de água do rio Santa Maria do Doce, no entorno da
granja de suínos. Os efluentes do biodigestor de suinocultura (resíduo bruto e
da lagoa de estabilização) e amostras de água do rio foram coletadas no
município de Santa Tereza-ES, Brasil, e realizadas análises de caracterização
química. Realizou-se diluições a partir dos efluentes puros (C1), e foram feitas
sucessivas reduções na quantidade de efluente, 50% (C2), 25% (C3), 12,5%
(C4), 6,25% (C5), 3,12% (C6), 0,78% (C7) e 0,39% (C8). As amostras do rio
foram coletadas em duas campanhas (maior e menor precipitação), em 3
estações amostrais: a montante da granja de suínos (EA1), próxima à granja
de suínos (EA2) e a jusante da granja de suínos (EA3). Sementes de Lactuca
sativa e Allium cepa foram germinadas nos tratamentos, e avaliados a
germinação, crescimento radicular, avaliação do potencial toxicogenético e
análises da atividade das enzimas SOD, CAT, GST e quantificação da GSH e
LPO. Diluições da lagoa de estabilização foram utilizadas para avaliar o
efluente como biofertilizante em plantas de milho, por meio de análises de
trocas gasosas e de crescimento. Foram utilizados dois controles: um
tratamento contendo apenas água e um tratamento com fertilizante comercial.
Todos dados foram submetidos à ANOVA, seguida de teste de média Kruskal
Wallis ou Tukey (p<0.05). Os dois efluentes inibiram a germinação de L. sativa
e A. cepa, além de reduzirem o crescimento radicular, e promoverem maiores
frequências de alterações cromossômicas nas demais concentrações. Os
danos observados possivelmente estão relacionados com os metais pesados
encontrados nas amostras estudadas. As amostras do rio apresentaram uma
redução no índice mitótico nos EA2 e EA3 (segunda campanha) em A. cepa
em relação ao controle negativo, em ambos modelos, ocorreram um aumento
de alterações cromossômicas (EA2 e EA3). Os danos observados
possivelmente estão relacionados com o excesso de alumínio encontrado nas
amostras, a atividade humana no entorno do rio, o despejo de efluentes da
suinocultura e esgoto doméstico. As plantas de milho quando comparadas com
o controle água, apresentaram um aumento significativo na biomassa, porém
as maiores concentrações do efluente impediram a germinação das sementes.
Possivelmente o excesso de K e Na pode ter causado estresse hídrico nas
sementes, impedindo a germinação e desenvolvimento das plantas, nas quais
a diluição do efluente reduziu os efeitos do excesso de K e Na e,
consequentemente, reduziu a disponibilidade de outros nutrientes essenciais
para as plantas de milho.
Palavras-chave: Lagoa de Estabilização; Allium cepa; Lactuca sativa; Zea
Mays; Ciclo celular.

Acesso ao documento

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910