Atividades Alelopática, Antioxidante e Antigenotóxica do Exopolissacarídeo Carboximetilado Botriosferana

Nome: Suiany Vitorino Gervásio
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 22/02/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Geralda Gillian Silva Sena Co-orientador
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Geralda Gillian Silva Sena Coorientador
Hildegardo Seibert França Examinador Interno
Juliana Macedo Delarmelina Examinador Externo
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador
Ricardo Machado Kuster Suplente Externo
Silvia Tamie Matsumoto Suplente Interno

Resumo: Os metabólitos secundários constituem parte importante das plantas,
apresentam função de proteção, auxiliam nas respostas ambientais e
adaptação das plantas ao ambiente. A sua composição química é o que
favorece às atividades desempenhadas pelos metabólitos secundários e
possibilita suas mais diversas aplicações, seja para o tratamento de doenças
com o uso direto das plantas, ou produção para indústria. Em busca de novas
fontes de metabólitos secundários, as algas e fungos se apresentaram como
grupos de destaque, sendo utilizados pela facilidade de produção desses
metabólitos sem requerer grandes espaços e investimentos. Dentre os fungos,
o gênero Botryospaheria, conhecido por causar doenças em plantas, abriga a
espécie Botryosphaeria rhodina, causadora de cancro em eucalipto, promotora
de apodrecimento de frutos e conhecida pela produção do botriosferana, um
polissacarídeo produzido no meio extracelular, do tipo β-glucana com ligações
do tipo β-(1 → 3,1 → 6) e de baixa solubilidade. O botriosferana apresenta
atividade antioxidante, hipocolesterolêmica, antimutagênica, antifúngica e
antiviral, visando potencializar essas atividades essa molécula sofreu uma
alteração estrutural, carboximetilação, onde o número de ramificações é
aumentado e, consequentemente, também a sua solubilidade. Para verificar se
o aumento da solubilidade alterou sua atividade, foram realizadas análises das
antioxidantes pelos métodos do DDPH, ABTS, FRAP e quelante do ferro2+, da
atividade alelopática nos sistemas teste Allium cepa e Lactuca sativa, da
viabilidade celular de linfócitos humanos e sarcoma 180 pelo método do MTT, e
a avaliação da atividade mutagênica e antimutagênica em camundongos. O
botriosferana carboximetilado apresentou atividade antioxidante somente em
dois métodos, DPPH e quelante do ferro2+, não apresentou atividade
alelopática, aumentou a viabilidade celular de linfócitos, principalmente sob 48h
de exposição, e se mostrou seletivo para diminuir a viabilidade celular de
sarcoma 180 sob 48h de exposição. Não apresentou atividade mutagênica,
mas foi antimutagênico, diminuindo consideravelmente os valores de
micronúcleos, em comparação ao controle positivo. Os resultados obtidos
indicam que a alteração estrutural manteve as atividades anteriormente
descritas e que foram reavaliadas, ao comparar a redução de danos causados
pela ciclosfofamida, há um indicativo de que a alteração estrutural potencializou
essa atividade do bostriosferana carboximetilado. Ao considerar todas as
atividades por ele desempenhadas, é possível observar o potencial de
aplicação como um coadjuvante para o tratamento de doenças crônicas não
transmissíveis, como hipercolesterolemia, e também para o tratamento de
câncer.

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