CARACTERIZAÇÃO DOS COLETERES DE Coffea Canephora Pierre ex Froehner E AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ALELOPATICO E ANTIFUNGICO DE DUA SECREÇÃO

Nome: JANIL FERREIRA DA FONSECA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/06/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Viviana Borges Corte Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Emilio de Castro Miguel Coorientador
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Examinador Interno
Viviana Borges Corte Orientador

Resumo: A família Rubiaceae encontra-se entre as quatro maiores famílias de Angiospermas, considerando-se o número de espécies. No Brasil, compreende aproximadamente 118 gêneros, destacando-se para fins comerciais, as espécies do gênero Coffea L.. Entre essas espécies estão presentes Coffea arabica e Coffea canephora Pierre ex Froehner, as de maior importância econômica. Coffeas canephora é responsável por grande parte da produção cafeeira do Espírito Santo, contudo, muito atacada por patógenos, especialmente, fungos. No entanto, não são notadas doenças significativas em meristemas apicais, região tomada pela secreção de estruturas secretoras chamadas coléteres. Assim, o objetivo deste trabalho foi descrever a micromorfologia e anatomia dos coléteres de Coffea canephora Pierre ex Froehner, bem como investigar o potencial alelopático e antifúngico da secreção.Para tanto, foram utilizadas técnicas básicas de microscopia ótica e eletrônica de varredura, e também testes de germinação com sementes orgânicas de Phaseolus vulgaris L., submetidas a tratamentos com extratos aquoso e alcoólico dos ápices caulinares e das folhas de Coffea canephora. Os coléteres, presentes na base da face adaxial das estípulas, são estruturas secretoras constituídas por um eixo central alongado, formados por parênquima fundamental, circundado por um extrato epidérmico em paliçada. Testes de germinação mostraram diminuição na taxa de germinação de sementes tratadas com extrato alcoólico dos ápices, o que não ocorreu para o extrato aquoso. Os extratos, aquoso e alcoólicos de folhas, não influenciaram na germinação de Phaseolus vulgaris L. O extrato alcoólico dos ápices inibiu o crescimento de esporos de fungos, uma vez que apresentavam morfologia atípica, semelhantes ao controle com hipoclorito de sódio. Os coléteres apresentaram estrutura típica de Rubiaceae e sua secreção possui efeito alelopático e antifúngico. Contudo, mais estudos são necessários para elucidar a ultraestrutura dos coléteres, assim como a caracterização completa da atividade alelopática e antifúngica da secreção.

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910