ESTUDOS FITOQUIMICO, ALELOPATICO, TOXICO, E MUTAGENICO DE Erythrina mulungu MART. ex BENTH. UTILIZANDO BIOENSAIOS

Nome: ANA PAULA DE BONA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/02/2009
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Antônio Chambô Filho Examinador Externo
MARCIENI ATAIDE DE ANDRADE Coorientador
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador
Valéria de Oliveira Fernandes Examinador Interno

Resumo: RESUMO

De Bona, Ana Paula. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Espírito Santo. Fevereiro de 2009. Estudos fitoquímico, alelopático, tóxico e mutagênico de Erythrina mulungu Mart. ex Benth. utilizando bioensaios. Orientador: Maria do Carmo Pimentel Batitucci. Co-orientador: Marcieni Ataíde de Andrade.

As plantas produzem uma gama de compostos secundários, que podem atuar como princípio ativo em medicamentos ou podem produzir toxicidade sobre animais e outras plantas. Assim, por ser a Erythrina mulungu (Mart. ex Benth.) uma espécie de importância farmacológica e ecológica, o presente trabalho visa avaliar a composição fitoquímica e os potenciais efeitos alelopáticos e mutagênicos do extrato bruto de inflorescências e de folhas dessa planta, por meio de diferentes bioensaios. A prospecção fitoquímica foi realizada através de reações químicas que resultaram no desenvolvimento de coloração e/ou precipitado característico. Os ensaios alelopáticos foram realizados em Allium cepa e consistiu de 8 tratamentos (água destilada e 0,025; 0,05; 0,1; 0,2; 0,3; 0,4 e 0,6 mg/mL dos extratos) e 5 repetições com 20 sementes cada. Avaliou-se a velociade de germinação (IVG), primeira contagem, porcentagem de germinação e média radicular. Para análise citotóxica e mutagênica em plantas, sementes de Allium cepa foram submetidas ao tratamento contínuo e descontínuo (20 e 72 horas) e avaliados o índice mitótico, índice de efeito aneugênico e índice de efeito clastogênico. A toxicidade aguda em animais foi realizada através do estabelecimento da dose letal média (DL50) e a análise citotóxica e mutagênica feita pelo teste de micronúcleo, por meio do método do esfregaço, após exposição dos animais a 5 dias de tratamento. Os resultados demonstram a presença de açúcares redutores, fenóis e taninos, proteínas e aminoácidos, alcalóides, flavonóides, depsídeos e depsidonas e derivados de cumarina em ambos os órgãos; saponinas, esteroides e triterpenos nas folhas e glicosídeos cardiotônicos e antraquinônicos nas inflorescências. Os órgãos apresentam atividade alelopática sobre o desenvolvimento radicular, potencial citotóxico e ausência de efeito aneugênico sobre a cebola. As inflorescências possuem potencial clastogênico. Para a DL50, a folha demonstrou-se atóxica e a inflorescência moderadamente tóxica. Ambas apresentaram ausência de citotoxicidade e potencial genotóxico em células de roedores, desse modo, a utilização de E. mulungu, tanto para o manejo de áreas degradadas ou agrícolas, quanto para a fabricação de medicamentos, deve ser efetuada de forma cautelosa.

Palavras-chave: Erythrina mulungu (Mart. ex Benth.), alelopatia, mutagênese, citotoxicidade, fitoquímica, DL50, Allium cepa, teste de micronúcleo em roedores.

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