RESPOSTAS MORFOFISIOLÓGICAS DE PLANTAS JOVENS DE PAU-BRASIL
(Caesalpinia echinata Lam., LEGUMINOSAE) À RADIAÇÃO SOLAR

Nome: Liana Hilda Golin Mengarda
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2010
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Camilla Rozindo Dias Milanez Examinador Interno
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Coorientador
Ricardo Miguel Penchel Filho Examinador Externo

Resumo: RESUMO
Caesalpinia echinata Lam. é uma arbórea da Mata Atlântica em risco de extinção. As
informações quanto à ecofisiologia e ao estágio sucessional desta espécie são
contraditórias, o que dificulta o seu manejo e conservação. Objetivou-se analisar o
comportamento ecofisiológico de plantas jovens de pau-brasil em relação à
luminosidade, por meio da análise de crescimento e das respostas morfofisiológicas.
Plantas com um ano de idade foram cultivadas em 0%, 50%, 80% de sombreamento e
em sombreamento natural durante 392 dias, e realizadas medidas de crescimento. Em
sombreamento moderado (50%) foram obtidas maiores área foliar, massa seca e taxa
de crescimento relativo. Em pleno sol as plantas apresentaram maior razão raiz/parte
aérea e maior massa foliar específica. O crescimento foi inibido em 80% de
sombreamento artificial, e em sombreamento natural. As plantas cultivadas em 50% de
sombreamento foram transferidas para pleno sol. No momento da transferência (0
hora), às 3, 24, 48 e 192 horas, foram realizadas medidas das trocas gasosas e da
eficiência quântica máxima potencial do fotossistema II (FSII) (FV/FM). As plantas
apresentaram queimadura e abscisão dos foliólulos, inibição da assimilação
fotossintética de CO2 (A) e redução da FV/FM. Assim, o sombreamento de 50%
apresentou-se como condição ideal de luminosidade para o desenvolvimento das
plantas jovens de pau-brasil. Posteriormente, plantas com um ano de idade cultivadas
em 50% de sombreamento foram submetidas à radiação solar direta. Aos 0, 2, 4, 7, 14,
20, 30, 40, 50, 60, 120 e 180 dias, foi analisada a morfofisiologia foliar. Observou-se
abscisão dos foliólulos das plantas transferidas para o sol a partir dos 2 dias, sendo
emitidas novas folhas até os 14 dias. Verificou-se aumento expressivo da massa foliar
específica e do teor de água, aumento da espessura do limbo, da cutícula, da epiderme
da face adaxial, e do parênquima paliçádico. Houve redução das razões clorofila a/b e
clorofila/carotenóides. Os teores de carboidratos solúveis, em especial da sacarose,
aumentaram com a exposição das plantas ao pleno sol no período entre 7 e 60 dias.
Glicose e frutose apresentam elevados valores aos 7 dias. Alterações na
morfoanatomia e nas concentrações de pigmentos e de carboidratos indicam
plasticidade morfofisiológica. No entanto, verificou-se redução expressiva de FV/FM, da
eficiência quântica efetiva do FSII (FV/F0) e do índice de desempenho (P.I.) até os 14
dias, sendo observado valores abaixo do controle até o final do periodo de análise.
Assim, evidenciou-se que a exposição das plantas ao pleno sol levou a redução da
eficiência fotoquímica da fotossíntese, indicando que C. echinata não pode ser
considerada uma espécie pioneira. Seu crescimento foi prejudicado em sombreamento
intenso, o que não a caracteriza como espécie clímax. Sendo assim, pau-brasil
apresenta características de espécie intermediária. Embora tenham apresentado
fotoinibição, as plantas jovens possuem plasticidade e capacidade de tolerância ao
estresse por elevada irradiância.
Palavras-chave: Caesalpinioideae, ecofisiologia, crescimento, fotossíntese, morfologia,
anatomia, bioquímica.

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