Fisiologia de Acessos de Jatropha Curcas L. Cultivados em Solo Contendo Lama do Rio Doce

Nome: Ramon Negrão Santos Junior
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/07/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Diolina Moura Silva Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Antelmo Ralph Falqueto Examinador Interno
Diolina Moura Silva Orientador
Luis Fernando Tavares de Menezes Suplente Interno
Maria Tereza Weitzel Dias Carneiro Lima Examinador Externo

Resumo: Este trabalho teve como objetivo, avaliar os efeitos de diferentes oncentrações de lama do rio Doce, sobre a fluorescência da clorofila a, as trocas gasosas, os teores de pigmentos e a atividade de enzimas antioxidantes, de cinco acessos de Jatropha curcas L. A lama foi coletada 15 meses após o rompimento da barragem de Fundão-MG, e, em seguida, os acessos NEF 04, NEF 05, NEF 09, NEF 12 e NEF 17, foram submetidos a três diferentes concentrações da lama (0, 10 e 30%). As medidas de fluorescência transiente da clorofila a, trocas gasosas e teores de pigmentos foram realizadas mensalmente entre novembro de 2017 e março de 2018. Neste último mês, foram realizadas as medidas de fluorescência modulada, atividade das enzimas antioxidantes e dos teores de macro e micronutrientes e As, Cd e Pb das folhas. Os parâmetros fotoquímicos que melhor evidenciaram os efeitos da lama do rio Doce durante desenvolvimento das plantas foram o rendimento quântico do transporte de elétrons de QA- para os aceptores de elétrons do intersistema (φE0), a probabilidade (em t=0) que um éxciton capturado tem em mover um elétron na cadeia transportadora de elétrons após a quinona a (ψE0), a densidade de
centros de reação fotossintéticamente ativos do fotossistema II (RC/ABS), o índice de
desempenho do fotossistema II (PIabs) e o índice de desempenho total (PItotal). Os PIabs e PItotal apresentaram um aumento inicial quando condicionados a 30% de lama do rio Doce nas plantas do NEF 05, NEF 09 e NEF 12, porém essa diferença tornou-se inexistente ao final do experimento. Não foram observadas diferenças entre o controle (0%) e 30% da lama do rio
Doce na fluorescência modulada, teores de clorofila, taxa de fotossíntese líquida (A) e transpiração (E). Contudo, houveram alterações na atividade da catalase em função das diferentes concentrações de lama nas plantas dos acessos NEF 04 e NEF 05. Não foram encontrados teores significativos de As, Cd e Pb nas folhas de Jatropha curcas L. em nenhum dos acessos avaliados. Entretanto nos indivíduos condicionados a 30% de lama do rio Doce,
foram encontrados valores de Fe acima do recomendado, especialmente em NEF 12. Estes resultados demonstram que Jatropha curcas L. possui mecanismos que permitem a bioacumulação de Fe, e, proporcionam a tolerância em meios contendo a lama do rio Doce, pós rompimento da barragem.

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