Efeitos dos Ácidos Húmicos Extraídos de Lodo de Esgoto em Zea Mays L. Sob
Restrição Hídrica e Estresse Salino

Nome: LÍVIA DORSCH ROCHA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 16/03/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
Silvia Tamie Matsumoto Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
Antelmo Ralph Falqueto Examinador Interno
Camilla Rozindo Dias Milanez Examinador Interno
Dânia Elisa Christofoletti Mazzeo Examinador Externo
Iara da Costa Souza Suplente Externo
Leonardo Barros Dobbs Examinador Externo
Paulo Cezar Cavatte Suplente Interno
Silvia Tamie Matsumoto Orientador

Resumo: RESUMO
A falta de destinação de resíduos sólidos gerados por tratamentos de lodo de esgoto sanitário tem motivado pesquisas na área da ciclagem destes materiais. Uma das alternativas que vem sendo investigada é a extração de substâncias húmicas e/ou de suas frações bioativas. O ácido húmico é uma das frações mais investigada devido sua alta interatividade com o vegetal promovendo seu crescimento por meio do desenvolvimento fisiológico e bioquímico. Sabe-se também que estresses abióticos causados pela deficiência hídrica compromete o desenvolvimento fisiológico da planta bem como seu crescimento. Neste sentido, o presente trabalho visa investigar as respostas à aplicação de ácido húmico proveniente de lodo de esgoto (AH-LE- 2.0 mM C L-1) em plântulas de milho estressada por NaCl-100mM (estresse salino) e por PEG 6000 (restrição hídrica) por meio da integração de análises elementares, fisiológicas, bioquímicas, toxicogenéticas e do crescimento vegetal buscando avaliar os potenciais benefícios/ riscos da utilização deste bioestimulante. A fim de investigar a atuação do ácido húmico de lodo de esgoto, foi realizada hidroponia em plântulas de milho com imposição de restrição hídrica (PEG 6000 + NaCl) com aplicação do ácido (2.0 mM C L-1). Resultados da quantificação dos elementos C, H, N e O do AH-LE indicaram-no como fonte de nutrientes para as plantas devido a disponibilização destes elementos. Taxas da fotossíntese, como assimilação de carbono, transpiração e condutância mostraram-se amenizadas em tratamentos com adição do ácido húmico, tanto em estresse salino quanto em déficit hídrico. Taxas de crescimento corroboraram com resultados da fotossíntese indicando menores perdas de biomassas dos órgãos vegetais e maior crescimento de raízes quando relacionados aos tratamentos com ácido húmico sob estresses. Além disso, marcadores bioquímicos antioxidantes (SOD, APX) ratificaram o potencial bioquímico do AH-LE em aumentar a defesa de plantas sob deficiência hídrica contra espécies reativas de oxigênio. Foi observada também, maior atividade das enzimas ligadas à permeabilidade da membrana plasmática tais como H+-ATPases em tratamentos com material húmico confirmando esta característica intrínseca. Outro indicador bioquímico de estresse abiótico foi o acúmulo do aminoácido prolina que se mostrou mais eficiente em plantas sob estresse com adição do AH-LE. Estas mesmas plantas tiveram redução da peroxidação lipídica (LPO) e do extravasamento de eletrólitos apresentando-se menos afetadas quanto
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aos seus teores relativos de água. Adicionalmente, a análise toxicogenética não indicou potenciais citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos nos tratamentos evidenciando, desta forma, maior segurança com a utilização AH-LE a nível celular. Diante destes resultados, é possível sugerir a utilização do ácido húmico em plantas estressadas por restrição hídrica como remediador dos efeitos causados pela deficiência hídrica.
Palavras-chave: material húmico • efluente sanitário • fisiologia vegetal • estresse abiótico • milho •

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