Estimativas da Biomassa em Carbono do Fitoplâncton Autotrófico da Bacia do Espírito Santo Por Meio do Biovolume e Sua Relação Com Os Valores de Clorofila A”

Nome: Juliana da Silva Penha
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 04/09/2017
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
Camilo Dias Júnior Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
MÔNICA AMORIM GONÇALVES Examinador Externo
Valéria de Oliveira Fernandes Examinador Interno
Camilo Dias Júnior Orientador
Alessandra Delazari-Barroso Suplente Externo
Geraldo Rogério Faustini Cuzzuol Suplente Interno

Resumo: Este trabalho estudou a estimativa da biomassa em carbono do fitoplâncton autotrófico baseado no método do biovolume e sua relação com a clorofila a. Foram realizadas duas campanhas oceanográficas, uma no inverno (julho a agosto de 2013) e outra no verão (março a abril de 2014). Foram amostrados quatro transectos ao longo da costa do estado do Espírito Santo, as estações amostradas dentro de cada transecto foram organizados em oito isóbatas, as amostras foram coletadas em duas profundidades, tanto na região da plataforma continental como no talude. As amostras de plâncton foram coletadas utilizando-se a garrafa de Niskin, em seguida foram preservadas com formalina 0,4% e submetidas a sucessivos processos de sedimentação. Foram feitas contagem dos organismos em microscópio invertido com base no método de campos aleatórios, concomitante às contagens dos organismos, foram efetuadas as análises morfométricas para a avaliação do volume celular, que foram feitas de acordo com a forma geométrica que a alga se assemelhava. Para estimar a biomassa em carbono (pgC. cél-1) aplicou-se diferentes tipos de conversão do biovolume para biomassa em carbono. Os dados de clorofila a desta pesquisa pertencem ao Projeto AMBES e foram obtidos do Banco de Dados de Ambientes Costeiros e Oceânicos. Foram analisados a biomassa em carbono de 332 táxons no inverno e 304 no verão, os táxons incluíram representantes das Classes Bacillariophyceae, Coccolithophyceae, Coscinodiscophyceae, Cyanophyceae, Dinophyceae, Fragilariophyceae, entre outras Classes. A relação entre biomassa em carbono e biovolume mostrou ser significativa, entre os períodos, entre as profundidades e entre as regiões. A Classe Cyanophyceae apresentou baixo número de espécie, entretanto, apresentou um dos maiores valores em biomassa em carbono, representado principalmente pela cianobactéria do Gênero Trichodesmium. Na região da plataforma continental, Coscinodiscophyceae e Cyanophyceae mostraram em termos de biomassa os valores mais elevados, na região do talude e da subsuperfície as Classes de Cyanophyceae e Coccolithophyceae e na segunda profundidade foram Coscinodiscophyceae e Bacillariophyceae. Foi possível observar uma variação espacial e temporal da biomassa em carbono, os maiores valores de biomassa de carbono foram encontrados no verão, subsuperfície e plataforma continental.
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A relação entre biomassa em carbono e clorofila a mostrou-se significativa, mas baixa. Foi possível observar relações significativas entre estes dois métodos de estimativa de biomassa, no entanto, com baixos valores de coeficiente de correlação, no inverno (0,36; r2:0,10), na plataforma continental no inverno (0,40; r2:0,22) e no talude no verão (0,57; r2:0,32). A grande diversidade de técnicas para estimar a biomassa do fitoplâncton, oferece uma grande variedade no grau de precisão dos dados, e as combinações de técnicas de estimava de biomassa podem ser a melhor proposta para evitar as limitações dos diferentes métodos. Estimativas da biomassa em carbono por meio do método do biovolume tem se mostrado eficiente é importantíssimo para estudos fisiológicos e ecológicos nos ambientes marinhos.
Palavra-chave: Carbono orgânico. Espírito Santo. Fitoplâncton marinho. Relação de métodos. Variação espacial e temporal.

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