Avaliação alelopática, mutagênica e fitoquímica de extratos vegetais de três espécies exóticas invasoras

Nome: SCHÍRLEY APARECIDA COSTALONGA MOREIRA
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 17/02/2017
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
Valéria de Oliveira Fernandes Examinador Interno
Silvia Tamie Matsumoto Suplente Interno
Maria do Carmo Pimentel Batitucci Orientador
Luciano Belcavello Examinador Externo
Hildegardo Seibert França Examinador Interno
Flavia de Paula (M/D) Suplente Externo
Claudia Masrouah Jamal Examinador Externo

Resumo: A contaminação biológica é um grave problema ambiental da atualidade, contribuindo para a extinção de espécies nativas. Estudos que visem compreender os mecanismos de invasão empregados pelas espécies invasoras são importantíssimos na busca de soluções eficazes para o combate a essas espécies, sendo a alelopatia um promissor campo de investigação; contudo, raramente são estabelecidas as relações entre os efeitos alelopáticos e mudanças ocorridas intracelularmente. Diante disto, o presente estudo objetivou analisar a fitoquímica do extrato etanólico foliar de Artocarpus heterophyllus Lam, Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl e Acacia mangium Willd, bem como inferir sobre suas ações alelopáticas através de quatro organismos-teste (Lactuca sativa, Allium cepa, Leucaena leucocephala e Urochloa brizantha) e sobre seu potencial mutagênico utilizando o sistema A. cepa. As sementes dos organismos-teste foram acondicionadas em placas de Petri forradas com papel filtro e submetidas à germinação em água deionizada (controle) ou uma das quatro concentrações de cada um dos extratos avaliados (1, 5, 10 e 50 mg/mL). Para o estudo alelopático, foram mensurados os índices de germinação (IG), de velocidade de germinação (IVG), de alelopatia (IA) e de crescimento radicular (IVCR), além do tempo médio de germinação (TMG), velocidade média de germinação (VMG) e crescimento radicular médio (CRM). Já para o ensaio de mutagenicidade, sementes de A. cepa foram submetidas aos tratamentos contínuo e descontínuo (agudo e crônico), em meio contendo água deionizada ou uma das concentrações dos extratos, tendo sido analisados os índices mitótico (IM), de efeito aneugênico (IEA), de efeito clastogênico (IEC) e de aberração (IA). O extrato de Acacia mangium apresentou saponinas, triterpenos e taninos em sua composição, tendo afetado os IG, IVG e IA de L. sativa, A. cepa e U. brizantha; em relação ao TMG, a única espécie afetada foi L. leucocephala, enquanto o VGM foi alterado somente em L. sativa. Todos os organismos-teste tiveram os CRM e IVCR afetados. O extrato demonstrou propriedades citotóxicas, uma vez que reduziu o IM de A. cepa, mas não interferiu nos IEA, IA e IEC. Em relação ao extrato de A. heterophyllus Lam, foi detectada a presença de flavonoides, triterpenos e taninos, tendo ocorrido interferência no IA e IG de L. sativa, A. cepa e U. brizantha; já o IVG foi alterado em L. sativa e U. brizantha enquanto o TMG foi reduzido em L. leucocephala e U. brizantha. O CRM e IVCR de todos os organismos-teste foram afetados. Além de reduzir o IM, o extrato provocou aumento no IEC, demonstrando que os efeitos alelopático observados são reflexos tanto de uma ação citotóxica quanto genotóxica. Por sua vez, o extrato de Eriobotrya japonica apresentou flavonoides, esteroides, saponinas e alcaloides e reduziu os IG, IVG e IA em L. sativa, A. cepa e U. brizantha; houve queda no VMG de L. sativa. O extrato apresentou potencial citotóxico e genotóxico e determinou que o CRM e IVCR de todos os organismos-teste fossem afetados.

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